Administradora com MBA em Planejamento e Gestão Organizacional pela Universidade de Pernambuco (FCAP)
Mulheres nasceram na discriminação. Sofremos discriminação dos nossos pais, irmãos, tios, colegas da escola e da faculdade, e não é diferente quando entramos no mercado de trabalho. Não é incomum depoimentos de mulheres após entrevistas de emprego que relatam questionamentos sobre interesse de gravidez, discussões sobre a licença maternidade, filhos, se são casadas, e outras questões que não possuem ligação direta no desempenho e alcance dos objetivos da organização.
Não é fácil deixar no passado tradições milenares que traziam o formato de sociedade onde a mulher é responsável pelas atividades domésticas e criação dos filhos e cuidados com o homem. Esse, por sua vez, ficava no papel único de provedor do lar. A passos curtos, muitas vezes em condições precárias, insalubres e desiguais, as mulheres, incansavelmente, buscaram seu lugar nas organizações. A história nos traz perfis de pioneiras que, por necessidade, precisavam se virar para sustentar a si e aos filhos.
De lá para cá, muita coisa mudou, mas essas mudanças ainda vêm acompanhadas de elevado grau de discriminação e de desigualdade nas oportunidades e salários. A população brasileira é composta por 48,2% de homens e 51,8% de mulheres e o relatório “Mulheres, Empregos e o Direito”, do Banco Mundial, 2018, indica que 43% da força de trabalho do Brasil é constituída por mulheres. Em contrapartida, apenas 34% delas ocupam cargos de liderança no Brasil, segundo pesquisa mais recente, do Business Report da Grant Thornton, realizado com 4.812 empresas.
O crescimento da presença do gênero feminino nas organizações tem trazido inúmeros benefícios. Quando uma mulher chega ao lugar que lhe pertence, ela tem o poder de mudar tudo ao seu redor. Falo sem medo de generalizar, pois esta é a grande faceta da mulher na liderança: igualdade. O McKinsey Study traz estudos que comprovam que as organizações com mais mulheres na liderança têm um resultado operacional 48% maior e uma força de crescimento no faturamento 70% maior, quando comparado a média. Grandes números para corroborar grandes forças, essas necessárias diante de tantos desafios.
A lista de estudos que comprovam que as mulheres têm obtidos melhores índices de desempenho é imensa. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, empresas que monitoram o impacto da diversidade de gênero na liderança reportam crescimento de 5% a 20% nos lucros. Temos alcançado resultados desde a base até o topo da pirâmide hierárquica. Dessa forma, diferente daquele início, onde os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres precisaram assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho, a contribuição das mulheres do mercado hoje é completa e inquestionável.
A própria discriminação nos torna mais resilientes e desenvolve maior aptidão para conduzir crises e adversidades com mais força e perseverança. Dinâmicas e multitarefas, nós ocupamos vários papéis na organização. Somos capazes de integrar setores, temos alto poder de negociação com clientes e empatia. As mulheres inspiram, motivam, ouvem e lidam melhor com as emoções, energizando a rotina, promovendo equipes mais engajadas e ávidas por resultados.
Por fim, não há um único espaço não ocupado por nós. Temos observado que o mundo anda apostando no feminino, na capacidade de trabalho em equipe contra o antigo individualismo, na persuasão em oposição ao autoritarismo, na cooperação no lugar da competição. Enquanto isso, algumas empresas já têm como premissa e propósito promover a igualdade de gênero e maior diversidade das pessoas. Essas campanhas têm sido vistas com maior frequência. Com essas medidas e um clima organizacional mais diverso, todos ganham. Só assim teremos todos os elementos engajados, os negócios impulsionados e efetivo fortalecimento da economia através da melhoria e – tão sonhada – igualdade de gênero.
Fonte: Diário de Pernambuco
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