O Brasil registrou em 2020 uma queda em sua corrente de comércio de serviços, acima da média registrada pelos países do G20 e pelo mundo. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), mostra que, no ano passado, a corrente de comércio de serviços brasileiras caiu 26% na comparação com 2019. O valor passou de US$ 95 bilhões para US$ 75 bilhões.
As exportações brasileiras de serviços totalizaram US$ 28 bilhões em 2020 (-17%), enquanto as importações, US$ 47 bilhões (-31%).
As economias do G20 comercializaram US$ 8,8 trilhões em serviços em 2020, uma queda de 18% ante o valor de US$ 10,8 trilhões registrado em 2019. Em todo o mundo, o comércio de serviços totalizou US$ 9,6 trilhões, o que representa um recuo de 19,9% em relação a 2019, atingindo os menores patamares desde 2013.
A corrente de comércio entre os países é dividida entre a de bens e a de serviços. No caso de serviços, ela inclui itens como aluguel de equipamentos, seguros, serviços de propriedade intelectual, de telecomunicação, financeiros, culturais e de arquitetura e engenharia, entre outros.
Com a pandemia de Covid-19, a ampliação dessa corrente de comércio, historicamente deficitária para o Brasil, se tornou um desafio ainda maior.
O resultado do comércio brasileiro de serviços, além representar uma queda mais acentuada que a registrada pelo G20 e pelo mundo, é também o pior da década. O menor valor até agora nos últimos 10 anos havia sido o de 2016, de US$ 94 bilhões.
Os números mostram ainda que a queda no comércio brasileiro de serviços foi mais acentuada que no de bens, que foi de 8,2% em 2020, na comparação com 2019.
O gerente de Políticas de Integração Internacional da CNI, Fabrizio Sardelli Panzini, explica que, em função da pandemia de Covid-19, o comércio de serviços foi mais afetado que o de bens no mundo inteiro. Serviços como transportes, manutenção de equipamentos e outros associados ao setor de turismo foram atingidos mais diretamente por causa da restrição da circulação de pessoas em todo o mundo.
“As exportações de serviços do Brasil são muito dependentes da economia dos Estados Unidos e da União Europeia. Como esses países também enfrentaram restrições e queda em sua atividade econômica, nosso comércio de serviços caiu em decorrência disso também”, afirma o gerente.
País ganhou quatro posições no ranking mundial de exportação de serviços
Diante de uma retração no comércio mundial de serviços, mesmo com esse resultado, o Brasil ganhou 0,1 ponto percentual de participação nas exportações mundiais de serviços, chegando a 0,6% do total. O país também ganhou quatro posições no ranking mundial de exportação de serviços, alcançando a 32ª colocação.
Os Estados Unidos, que são o maior exportador e importador mundial de serviços, registraram uma queda de 22% na corrente de comércio de serviços em 2020 na comparação com 2019. O valor passou de US$ 1,417 trilhão para US$ 1,103 trilhão. Com isso, o país perdeu 0,3 ponto percentual em participação nas exportações mundiais de serviços, de 13,9% para 13,6%.
A China, por sua vez, comercializou US$ 656 bilhões em serviços em 2020, uma redução de 16% na comparação com o ano anterior, quando o valor foi de US$ 780 bilhões. Mesmo assim, o país asiático ganhou 1,1 ponto percentual na participação das exportações mundiais de serviços, chegando a 5,7%.
Panzini afirma que a ampliação da participação do Brasil no comércio global de serviços depende fundamentalmente de aspectos tributários e de decisão do Poder Executivo.
De um lado, o modelo brasileiro de Acordos para Evitar Dupla Tributação tributam de forma mais acentuada o comércio de serviços, sobretudo nas importações e nos afasta do modelo de tratado da OCDE. Por outro lado, o Brasil é o país com maior número de tributos sobre o comércio de serviços no mundo e possui uma das maiores cargas tributárias na importação de serviços.
“Mecanismos que desonerem a compra de serviços do exterior ajudariam na agregação de valor da indústria”, diz o gerente.
O resultado das exportações brasileiras depende também da retomada do crescimento de seus principais parceiros comerciais, como Estados Unidos e os países da América Latina e da Europa.
“Precisamos voltar a atenção para as reformas estruturais que garantam a competitividade da economia brasileira e para uma agenda mais completa de política comercial”, afirma Panzini.
Fonte: FIEMS
Tags: CNI
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