A Defensoria Pública de MS e o Ministério Público conseguiram liminar no agravo da ação coletiva ajuizada contra os principais bancos nacionais (Banco do Brasil, Bradesco Financiamentos, Itaú Unibanco, Itaú Consignado e Santander), por entenderem a existência da prática de publicidade enganosa.
As instituições destacam na ação que as agências financeiras omitiram informações essenciais na divulgação do produto chamado “prorrogação de dívidas”, em especial, que a operação bancária se apresentava como refinanciamento do saldo devedor do contrato, com aumento no valor final da dívida por conta da cobrança de juros aplicados no recálculo das prestações e também em razão da carência concedida para o início do pagamento das novas prestações.
Conforme decisão do desembargador Divoncir Schreiner Maran, “não há informação clara e precisa sobre a possibilidade de cobrança de juros e outros encargos, encaminhando o consumidor a consultar/procurar o seu banco para obter maiores informações”.
Pontua, ainda, que “todos os bancos se utilizam da propaganda de que os empréstimos serão prorrogados para induzir o consumidor a ‘prorrogar’ o empréstimo em outra modalidade, em geral o refinanciamento, com cobrança dos encargos e juros nas parcelas finais, com informações totalmente desencontradas das fornecidas pela FEBRABAN”.
O desembargador afirma que “as informações repassadas aos consumidores devem ser entregues de maneira clara, especialmente, nesse período de dificuldade pelo qual passa não só o Brasil, mas todo o Mundo, sendo certo que a utilização de qualquer forma de manipulação da população deve ser coibida”.
Dentre outras providências, a liminar do agravo determina:
I) Obrigar os agravados a cumprir, no prazo de 10 dias, a publicidade realizada pela FEBRABAN para prorrogar o vencimento de dívidas de clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas para os contratos vigentes em dia e limitados aos valores que já foram usados pelo consumidor, sem cobrança adicional de juros ou outros encargos moratórios. Importante considerar que o requisito aqui imposto que é o adimplemento do contrato até 16 de março de 2020;
II) Que os agravados se abstenham de utilizar em seus canais próprios as promoções “prorrogação de contrato” ou expressões que levem a crer que os contratos serão dessa maneira recalculados em decorrência da pandemia, quando, na verdade, haverá refinanciamento da dívida;
III) Fixar multa de R$ 500,00 por reclamação de consumidor que, estando com o contrato adimplido até a data de 16 de março de 2020 e se enquadrar na possibilidade do plano de prorrogação, for cobrado por juros e encargos indevidos na forma dos itens I e II desta decisão. As multas serão revertidas para o Fundo Estadual de Defesa dos Direitos do Consumidor – FEDDC.
A Defensoria Pública de MS ajuizou a ação coletiva por meio do coordenador do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa do Consumidor e Demais Matérias Cíveis Residuais (Nuccon), defensor público Homero Lupo Medeiros, e o Ministério Público Estadual é representado pelo promotor de Justiça do Consumidor, Fabrício Proença Azambuja, e pela promotora de Justiça, Ana Cristina Carneiro Dias.
Fonte: Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul
Cobertura do Tereré NewsQuer ficar por dentro sobre as principais notícias de Mato Grosso do Sul, Brasil e do mundo? Siga o Tereré News nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Comunicado da Redação – Tereré News
Site de notícias em Campo Grande, aqui você encontra as últimas notícias da Capital e ainda Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Sidrolândia, Naviraí, Nova Andradina e demais municípios de Mato Grosso do Sul. Destaque para seção de empregos e estágios, utilidade pública, publicidade legal e ainda Pantanal, Web Rádio, Saúde, Eleições 2022. Tereré News, Online desde 2017, anuncie conosco e tenha certeza de bons negócios.
Siga o Tereré News Nas Redes Sociais
Desenvolvido por Argo Soluções
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |