O 2º Prêmio de Jornalismo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul trouxe como tema nesta edição “Masculinidades Positivas no Enfrentamento à Violência contra a Mulher”. O certame prevê cinco categorias profissionais e uma universitária, com premiações que vão de R$ 3.500,00 a R$ 1.000,00. As inscrições se encerram no dia 26 de novembro.
A temática foi escolhida para fomentar entre os profissionais e as redações jornalísticas a produção de conteúdo que contribua com a formação de uma sociedade mais justa entre os gêneros, produzindo efeito nos números de violência contra a mulher.
Mas o que é Masculinidade Positiva?
Segundo o psicólogo Amir Thaer Asrieh, um dos fundadores do Coletivo MASSA, a Masculinidade Positiva é uma masculinidade que não se restringe ao estereótipo de homem que foi alimentado por longos anos na nossa sociedade. “Através de um processo de desconstrução desse estereótipo, e da identificação de outras possibilidades de comportamentos e posturas diante das situações do mundo atual, acreditamos que os homens podem buscar novas possibilidades de agir na sociedade, e que acabam levando a uma relação mais saudável do homem consigo mesmo e com o meio em que convive”, disse.
Ele conta que o grupo surgiu quando ele passou por um período muito difícil na vida, em que teve uma leve depressão após ter falido uma empresa. Ele buscou ajuda terapêutica e conheceu diversos conteúdos sobre o tema, como o documentário “Precisamos falar com os homens”.
“Aí surgiu a ideia de montar o Coletivo MASSA, para que houvesse um espaço em que homens como eu pudessem compartilhar das suas dificuldades em lidar com situações semelhantes a minha, e com isso tornar esse processo mais saudável, e não me sentir menos homem por isso”, explica Amir.
Como exemplo de situações que tornam essa relação mais saudável do homem com o meio em que convive, Amir cita a construção de uma relação de troca com as pessoas com quem se envolve, demonstrando fraquezas e vulnerabilidades, conseguir lidar com situações de conflito com outras pessoas sem usar da agressividade para resolução, e uma relação mais saudável e igualitária com seu parceiro ou parceira, sem a necessidade de controle e submissão.
Ele dá exemplos práticos, como:
– O fato de um homem conseguir dizer “Eu te amo” para um pai em que nunca houve uma relação afetuosa ou de carinho, depois de perceber que o pai foi ensinado a não demonstrar esse tipo de afeto, mas que ele poderia mudar essa relação.
– Homens que passaram a se vestir de uma maneira que se identificassem mais com sua personalidade e não somente por meio de roupas escuras e que valorizem um físico aceitável e esperado dos homens.
– Homens que passaram a cultivar plantas e flores em casa, por quererem um ambiente mais acolhedor no seu espaço de descanso e lazer.
– Homens que conseguiram verbalizar medos e receios da vida, ou até mesmo do relacionamento, para sua parceira e se sentiram acolhidos e amados por isso.
– Homens que conseguiram manter uma relação de amizade com uma mulher, sem terem um interesse necessariamente sexual.
O tema Masculinidade Positiva ainda é muito incipiente no Brasil e no mundo. Mas é possível encontrar conteúdo, bastante didático na internet, como o do site do Governo Federal do México, pelo link https://www.gob.mx/sre/articulos/promovamos-las-masculinidades-positivas?idiom=es.
Veja alguns exemplos:
– Não tolerar nem justificar a violência contra mulheres por aspectos físicos ou psicológicos do outro gênero;
– Compartilhar o poder de decisão, as tarefas domésticas e cuidado com os filhos, impondo à mulher o dever de cuidado;
– Lutar por formas justas de convívio em sociedade, no trabalho e no ambiente doméstico;
– Aceitar que existem outras formas de masculinidades que não a tradicional, questionando estereótipos e opondo-se ao machismo;
– Reconhecer as consequências negativas que os milênios de machismo trouxeram desigualdades que devem ser superadas;
– Não ver ameaçada sua masculinidade por ter pontos de vista semelhantes às mulheres;
– Assumir sua sexualidade de forma versátil, conservando algumas qualidades masculinas tradicionais positivas, sendo contrário a uma educação sexista e homofóbica para os filhos;
– Cada homem tem a liberdade de decidir o tipo de masculinidade que quer seguir.
O Prêmio – As categorias do 2º Prêmio de Jornalismo estão divididas em Telejornalismo, Jornalismo Impresso, Jornalismo On-line, Radiojornalismo, Fotojornalismo (para profissionais que atuam na área), além da categoria Universitário para reportagens produzidas (no formato de vídeo, texto ou áudio) por acadêmicos, devidamente matriculados, em curso da área de Comunicação Social de instituições de ensino superior de Mato Grosso do Sul.
Serão aceitos trabalhos inéditos veiculados no período de 1º de janeiro a 26 de novembro de 2019 e as reportagens devem ser ambientadas em Mato Grosso do Sul, evidenciando os seguintes temas: O desafio das novas masculinidades; Paternagem; Desmistificação da masculinidade; Sexualidade e masculinidade; Sensibilidade e masculinidade.
Na prática, as matérias podem mostrar exemplos de homens que mudaram o comportamento, de lares onde homens e mulheres dividem as tarefas, de homens que cuidam dos filhos, de histórias que mostram o fim do patriarcado, enfim, narrativas simples da masculinidade positiva.
Nas cinco categorias profissionais, a premiação será de R$ 3.500,00 para o primeiro colocado e 2.000,00 para o segundo colocado. Na categoria Universitário a premiação será de R$ 1.500,00 e R$ 1.000,00 para o primeiro e segundo colocado, respectivamente.
Inscrição – O candidato pode inscrever-se em todas as categorias (respeitadas as exigências para a categoria universitário e para as demais categorias) e pode inscrever mais de um trabalho para cada categoria, contudo fica vedada a hipótese de o mesmo candidato receber dois prêmios na mesma categoria.
As inscrições são gratuitas e para participar basta preencher a ficha de inscrição e inserção de documentos na página do concurso, disponível no site do Tribunal de Justiça (https://www.tjms.jus.br/premiojornalismo/), link onde estão disponíveis todos os detalhes e regras do certame.
Os documentos devem ser enviados no ambiente de inscrições no formato pdf, sendo documento de identidade (RG ou CNH com foto), CPF; registro profissional (DRT), exceto para os candidatos das categorias universitário e fotojornalismo; autorização do(s) coautor(es), devidamente assinada, quando for o caso; comprovação da condição de acadêmico para os candidatos da categoria universitário, atestado de autoria em caso de matéria ou reportagem não assinada ou assinada com pseudônimo.
Uma Comissão Julgadora analisará os trabalhos atribuindo-lhes notas que poderão variar de 5 a 10, admitindo-se notas fracionadas em decimais. A soma de todas as notas, de todos os membros da comissão, representará a pontuação de cada trabalho e a classificação final dos participantes. O edital prevê a hipótese de recurso, motivado, no prazo de cinco dias úteis, a contar da publicação do resultado de cada etapa do concurso.
O trabalho concorrente deverá ser apresentado em arquivo digital compatível, acondicionado em CD, DVD ou pendrive, sendo necessário quatro cópias, em quatro mídias, sob pena de indeferimento da inscrição. Os trabalhos fotográficos deverão ter os arquivos digitais igualmente encaminhados em mídias digitais (quatro cópias), além de cópia digital da página onde a foto houver sido publicada.
O envelope contendo o trabalho deve ser entregue, devidamente lacrado, diretamente na Secretaria de Comunicação do Tribunal de Justiça, localizado na Avenida Mato Grosso, Bloco 13, Parque dos Poderes, CEP: 79.031-902, Campo Grande, em dias úteis, no horário das 12 às 19 horas e, impreterivelmente, até as 18h30 do dia 26 de novembro de 2019. O envelope poderá ser encaminhado via Correios, com Aviso de Recebimento (AR), prevalecendo para a contagem do prazo a data de sua postagem.
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