De grande importância para o agronegócio de Mato Grosso do Sul, o trabalho dos engenheiros agrônomos é cada vez mais fundamental no ciclo de produção. Nesta data dedicada à categoria (12.10), Edno Martins Vicentini, coordenador técnico local e gestor de desenvolvimento rural da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural – Agraer, aborda a própria trajetória profissional e também os aspectos da agricultura familiar, por sua ligação com a área. O servidor atua no município de Novo Horizonte do Sul.
Por se identificar com a zona rural desde seu nascimento e ter o DNA do agricultor familiar que foi seu pai na veia, Edno decidiu ingressar no curso de agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na capital do Estado, Campo Grande. Se formou em 30 de janeiro de 1988, e contabiliza nos dias atuais, mais de três décadas de serviço.
Acostumado a “puxar” a enxada desde a infância no noroeste do Paraná, os primeiros nove anos após conquistar o diploma foram exclusivamente dedicados a agricultura familiar. “Trabalhei desenvolvendo atividades de bovino de leite, bovino de corte, produção de algodão, feijão, milho e apicultura, esta última atividade até hoje pratico, como hobby, para consumo familiar e venda do excedente”, explica o agrônomo, que sempre está ligado às atividades do campo.
A vida como servidor público começou no ano de 1997, quando foi coordenador da Secretaria Municipal de Agricultura de Jateí – MS. Atualmente, dentro da Agraer (antiga Idaterra), Edno continua atuando na mesma área, cujo carro chefe é Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER. Inserido no meio há tantos anos, ele defende os porquês de se investir na agricultura familiar.
“A agricultura familiar gera 35% do PIB brasileiro e absorve 40% da população ativa nacional, e é o setor econômico mais impactante na economia de 90% dos municípios com menos de 20.000 mil habitantes, ou seja, 3782 municípios dos 5570 que o país possui. De acordo com o censo agropecuário de 2018 a agricultura familiar contribui com as seguintes produções: 70 % do feijão; 34 % do arroz; 87% da mandioca; 46% do milho; 38% do café; 21% do trigo; 60% do leite; 59% do rebanho suíno; 50% das aves; 30% dos bovinos”, explica o coordenador. Índices altos que demonstram o papel importante da prática para a produção de riquezas e geração de empregos.
Não somente a de engenheiro agrônomo, mas todas as profissões ligadas ao rural, contribuem para a potencialização da agricultura familiar. Merecem destaques os trabalhos diários realizados pela Agraer em todas as suas áreas de abrangência, tais como, produção animal, produção agrícola, atividades relacionadas ao meio ambiente, atividades relacionadas às ciências sociais e agroindustrialização. O Censo Agropecuário (IBGE) do ano passado apontou que Mato Grosso do Sul possui 71.164 mil propriedades economicamente ativas no Estado. Desse total, 43.223 são de famílias que integram a agricultura familiar no Estado, o que representa 61%.
Dispersa em todos os 79 municípios do Estado, o manejo da terra realizado por pequenos proprietários rurais resulta em desenvolvimento para as milhares de famílias do campo. Os agricultores familiares concentram maior número em algumas partes, “[…] são as regiões da grande Dourados, com a presença dos agricultores denominados de agricultores tradicionais, de Nova Andradina e no sul. Sendo que nesta última, a força da agricultura familiar foi em muito intensificada pelos assentamentos de reforma agrária”, diz Edno Martins.
Os profissionais da área têm atuação em relação a avaliação de produtos para o mercado através do programa de agroindustrialização do Governo Estadual, inicialmente denominado ‘Prove Pantanal’. Neste, a equipe das agências da Agraer, nos municípios onde existem essas agroindústrias, não somente assistem aos processos produtivos como também são os responsáveis técnicos desses ambientes físicos. O trabalho envolve produtos de origem vegetal.
A parceria com agricultores familiares, instituições públicas, prefeituras e até com empresas privadas, prova que o engenheiro agrônomo vem semeando o desenvolvimento rural, fato que lhe atribui a merecida função que tem a maioria dos profissionais da área na Agraer, a função de gestor de desenvolvimento rural.
Davi Nunes Souza, SAD
Fonte: Governo de MS
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