A Justiça Eleitoral determinou nesta quarta-feira (5), em São Paulo, o bloqueio dos bens do ex-governador Geraldo Alckmin e mais dois acusados em um processo sobre doações ilegais de campanha.
O juiz eleitoral Marco Antonio Martin Vargas determinou o sequestro de R$ 11,3 milhões em contas bancárias e imóveis .
O montante corresponde ao que o Grupo Odebrecht repassou ilegalmente, segundo as investigações, às campanhas eleitorais de Alckmin em 2010 e 2014.
De acordo com o inquérito da Polícia Federal, as informações foram repassadas por executivos do grupo empresarial em acordos de delação premiada e depois confirmadas com apreensão dos registros dos sistemas de comunicação interna da empresa.
Extratos bancários que constam no processo indicam que, entre abril e outubro de 2014, o grupo repassou ilegalmente R$ 9,3 milhões para as campanhas de Alckmin em onze pagamentos, através de um esquema que envolveu doleiros e empresas offshore.
Em 2010, o ex-governador recebeu, ainda segundo a investigação, R$ 2 milhões, também fora da contabilidade oficial de campanha, o que configura o chamado caixa 2.
Na Justiça, Alckmin responde por corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
A defesa de Alckmin disse, por meio de nota, que o ex-governador “é detentor de patrimônio modesto” e não tem bens no valor de R$ 11,3 milhões.
“Isso serve para demonstrar a falta de amparo das acusações contra ele apresentadas e que têm servido apenas para a promoção de noticiário prejudicial à sua reconhecida dignidade e honradez como homem público”, acrescenta o comunicado assinado por Verônica Sterman e Marcelo Martins de Oliveira, advogados de José Eduardo Rangel de Alckmin, .
Fonte: Agência Brasil
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