Governo russo tem sido questionado pela falta de transparência com os resultados e suposta vacina levanta suspeita da comunidade internacional sobre eficácia.
A Rússia anunciou neste sábado (1º) que está planejando realizar a vacinação em massa contra a covid-19 em outubro de 2020.
O ministro da Saúde, Mikhail Murashko, disse à agência de notícias Interfax, que o Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, em Moscou, concluiu os ensaios clínicos e a documentação está sendo preparada para registrar a vacina e assim será possível começar a campanha em outubro. Médicos e professores seriam os primeiros a serem vacinados.
Nesta semana, Tatiana Golikova, vice-primeira-ministra da Rússia, afirmou que a primeira vacina contra Covid-19 em desenvolvimento no país receberá aprovação regulatória local este mês com a condição de “outro ensaio clínico para 1.600 pessoas ser realizado” em seguida.
“O início da produção está previsto para setembro de 2020”, disse Golikova nesta quarta-feira (29).
O Instituto Gamaleya está trabalhando em uma vacina baseada em adenovírus. No entanto, a velocidade com que a Rússia está desenvolvendo os ensaios clínicos e a falta de transparência para divulgar os resultados geram questionamentos se Moscou está colocando prestígio nacional antes da ciência e da segurança.
Interesse brasileiro
Aqui no Brasil, uma representante do governo estadual do Paraná esteve nesta semana com o embaixador russo para discutir uma possível parceria e ofereceu a estrutura do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para a produção. Os envolvidos ainda não chegaram a um acordo.
Em São Paulo, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou durante coletiva nesta quarta-feira (29) que o governo da Rússia procurou o governo de São Paulo para se associarem na produção da vacina.
“Nós fomos procurados por emissários do governo russo. Porque essa vacina, ela é feita no instituto estatal russo, enfim, eles queriam saber se nós poderemos nos associarmos a ele para a produção dessa vacina”, disse Dimas.
Etapas para a produção de uma vacina
Para se produzir uma vacina, leva tempo. A mais rápida desenvolvida até o momento foi a vacina contra a caxumba, que precisou de cerca de quatro anos até ser licenciada e distribuída para a população.
Antes de começar os testes em voluntários, a imunização passa por diversas fases de experimentação pré-clinica (em laboratório e com cobaias). Só após ser avaliada sua segurança e eficácia é que começam os testes em humanos, a chamada fase clínica – que são três:
Fase 1: é uma avaliação preliminar da segurança do imunizante, ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são monitorados de perto. É neste momento que se entende qual é o tipo de resposta que o imunizante produz no corpo. Ela é aplicada em dezenas de participantes do experimento.
Fase 2: na segunda fase, o estudo clínico é ampliado e conta com centenas de voluntários. A vacina é administrada a pessoas com características (como idade e saúde física) semelhantes àquelas para as quais a nova vacina é destinada. Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser administrada.
Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações. Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a durabilidade da proteção. Apenas depois desta fase é que se pode fazer um registro sanitário.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para se fazer um ensaio clínico no Brasil, é preciso da aprovação do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Os voluntários são recrutados pelos centros de pesquisa.
Fonte: G1
Cobertura do Tereré NewsQuer ficar por dentro sobre as principais notícias de Mato Grosso do Sul, Brasil e do mundo? Siga o Tereré News nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Comunicado da Redação – Tereré News
Site de notícias em Campo Grande, aqui você encontra as últimas notícias da Capital e ainda Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Sidrolândia, Naviraí, Nova Andradina e demais municípios de Mato Grosso do Sul. Destaque para seção de empregos e estágios, utilidade pública, publicidade legal e ainda Pantanal, Web Rádio, Saúde, Eleições 2022. Tereré News, Online desde 2017, anuncie conosco e tenha certeza de bons negócios.
Siga o Tereré News Nas Redes Sociais
Desenvolvido por Argo Soluções
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |