O recente tema da redação do Enem, “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil,” tem sido amplamente elogiado por professores e estudantes, e com razão.
Diariamente, o esforço silencioso e não remunerado das mulheres é muitas vezes negligenciado ou subestimado. O que muitos consideram como algo “normal” é, na realidade, um peso esmagador sobre as mães e mulheres, que frequentemente enfrentam uma sobrecarga de responsabilidades.
As estatísticas falam por si: em média, as mulheres gastam o dobro do tempo que os homens em tarefas domésticas e no cuidado com filhos e outros familiares. A rotina exaustiva de estudar, trabalhar, cuidar dos filhos e da casa muitas vezes não deixa tempo para as mulheres cuidarem de si mesmas.
Então, quem cuida daqueles que cuidam de todos os outros? Como estamos educando nossas crianças e jovens para uma divisão justa das tarefas domésticas? Como os homens estão organizando seu tempo para contribuir nas tarefas de casa e no cuidado dos filhos?
Para as mulheres, uma rede de apoio é crucial, além da família, políticas públicas bem estruturadas, como as Emei’s (Escolas Municipais de Educação Infantil) são essenciais. A falta de vagas nas escolas, por exemplo, pode resultar em sobrecarga mental e financeira para as mulheres, já que elas muitas vezes precisam abrir mão de seus empregos para cuidar de seus filhos.
A sociedade precisa reconhecer que as mães não são super-heroínas que podem fazer tudo. Precisamos estar preparados para acolhê-las quando mostrarem sinais de exaustão e ajudá-las em casa. Devemos reconhecer que o trabalho de cuidado não remunerado é inerentemente valioso, e o mundo deveria se reorganizar para refletir essa realidade.
De acordo com o IBGE, as mulheres dedicam em média 61 horas por semana a trabalhos não remunerados. Embora algumas mudanças positivas estejam ocorrendo, cerca de 75% do trabalho não remunerado ainda é realizado por mulheres. Para mudar essa realidade, é necessário começar com uma mudança cultural, rompendo com a ideia de que certas tarefas são exclusivamente femininas.
Devemos incentivar meninos a participar de atividades domésticas e educar nossas filhas para que sejam independentes, em vez de focar em tarefas tradicionalmente femininas. A igualdade de gênero começa em casa, onde as tarefas domésticas devem ser compartilhadas.
Mudanças significativas também podem ocorrer no ambiente de trabalho. As empresas podem flexibilizar os horários para que as mulheres possam equilibrar suas responsabilidades familiares e profissionais. E, finalmente, é hora de reconsiderar a licença-paternidade e ampliá-la, permitindo que os homens participem ativamente nos primeiros momentos de vida de seus filhos.
Enfrentar a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres no Brasil é um desafio complexo, mas não é impossível. Começa com uma conscientização sobre os estereótipos de gênero arraigados em nossa cultura e com mudanças profundas em nossas casas, locais de trabalho e políticas públicas. À medida que nos esforçamos para tornar o trabalho de cuidado mais visível, estaremos construindo um futuro mais igualitário para todos.
Laila Carriel
Assessoria de Imprensa do Vereador
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