Um fenômeno climático que desviou cinzas das queimadas no pantanal diretamente para a Comunidade Barra do São Lourenço, a 150 km de Corumbá (MS), mobilizou nessa quarta-feira (14) equipes da Marinha, Ibama, Defesa Civil e outras instituiç?es. A pedido do Ministério Público Federal, o objetivo seria remover todos os 100 moradores da comunidade ribeirinha, que, na avaliação do MPF, “corriam sério risco”. O plano foi abortado devido à diminuição de intensidade do fenômeno, além de dificuldades logísticas e de segurança da remoção compulsória.
Montagem da Comunidade de São Lourenço antes e depois das queimadas no pantanal. Foto: Ascom MPF/MS
A atuação do MPF agora vai se concentrar na saúde dos ribeirinhos atingidos pelos detritos, que não têm atendimento médico regular e enfrentam viagem de 8 horas de barco quando têm alguma emergência. Como o Município de Corumbá passa por uma crise na saúde, com profissionais contaminados com o Covid-19 e deficiência de quadros, será preciso recorrer a outras instâncias.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra moradores da Comunidade Barra do São Lourenço, em Corumbá (MS), ontem (13), no meio de uma chuva de partículas provenientes das queimadas no pantanal. A comunidade é uma das mais tradicionais na região, havendo registros da colonização da área no início do século XX.
Operação Matáá – Em outra frente, O MPF investiga a origem dos incêndios que atingem o bioma pantanal. Após autorização judicial, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em fazendas da região. O material coletado passa agora por perícia na Polícia Federal.
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