Em meio ao enfrentamento da Covid-19, de uma grave crise econômica, agravamento da situação política, constantes ataques à liberdade de imprensa e a exigência de um novo exercício profissional, a chapa Resistir e Avançar completa, neste dia 18 de outubro, seu primeiro ano de gestão à frente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS). Mesmo diante de tantos desafios, a entidade conseguiu, nesse período, prestar relevantes serviços à classe jornalística do estado.
Logo no início da gestão, o Sindjor-MS participou ativamente da campanha contra a Medida Provisória (MP) 905 do governo Bolsonaro, articulando ações com outras entidades e visitando todas as redações para falar sobre o retrocesso dessa medida que acabava com o Registro Profissional, o documento que concede legitimação para profissionais que atuam em profissões regulamentadas por lei federal, como jornalistas, radialistas e publicitários.
O sindicato entrou em contato com outras entidades para uma luta conjunta e se uniu ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados (SINJORGRAN), à Central Única dos Trabalhadores (CUT), ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), à Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) e à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), representantes de categorias também afetadas pela MP 905. Após visitar as redações da capital, a instituição buscou o Poder Legislativo.
“Conseguimos uma fala na tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande, durante uma sessão ordinária, na qual os vereadores cederam dez minutos para o Sindjor. Eu apresentei a questão para os vereadores e pedi o apoio deles. Não obstante, também procuramos deputados federais e senadores da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, e a maioria deles se comprometeu com a não aprovação da medida”, declara Walter Gonçalves, presidente do Sindjor-MS.
A campanha, vitoriosa, foi uma luta conjunta entre a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e os demais sindicatos de jornalistas do país, além de entidades representativas das outras categorias afetadas pela medida.
Durante esse período inicial, no final de março, houve também a tentativa de inserir os jornalistas no grupo prioritário para a vacina contra a gripe, devido à exposição durante o exercício de sua profissão, já que, no Decreto Federal 10/2020, as atividades jornalísticas são classificadas como essenciais e não podem parar durante o isolamento social. No entanto, essa ação não foi bem-sucedida. O Sindjor-MS enviou um ofício ao Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, solicitando que a categoria em Campo Grande fosse vacinada contra a gripe.
A medida foi aprovada pelo secretário, mas foi barrada pelo Departamento Epidemiológico da pasta. “Eles explicaram que não poderiam atender o pedido, pois o Ministério da Saúde não havia colocado a categoria dos jornalistas como prioridade na vacinação. Não seria possível, dessa forma, desviar as vacinas dos grupos elencados como prioritários, para atender os jornalistas”, explica o presidente do Sindjor-MS.
Além disso, a gestão lançou, em outubro do ano passado, o Censo de Jornalistas 2019, uma pesquisa para traçar o perfil dos profissionais do estado. Pretendendo continuar o primeiro censo organizado pela gestão anterior, divulgado em 2017, o sindicato buscava entender quais foram as principais mudanças do panorama profissional em MS durante o período, o que serviria de base para as ações da instituição. O questionário esteve aberto de outubro de 2019 a janeiro de 2020, mas seus resultados não foram divulgados devido à baixa adesão. Agora, o Sindjor-MS pretende retomar o projeto no aniversário de sua gestão, 18 de outubro.
Durante a pandemia, o sindicato também realizou ações importantes: publicou orientações para o exercício da atividade jornalística, fez o monitoramento das redações em relação ao cumprimento dessas normas e aos casos de Covid-19, por meio de ofícios e até denúncias ao Ministério Público, acompanhou os casos de redução de jornada e salário, além de organizar a testagem em massa gratuita de Covid-19 para os jornalistas de Campo Grande e dos 53 municípios pertencentes à base sindical da entidade no interior do estado.
Nem tudo, porém, foram dificuldades: o Sindjor-MS organizou e lançou o Sindjor Boêmio, um projeto de cultura e lazer, com o objetivo de reunir jornalistas, radialistas e outras categorias. A primeira edição se deu em janeiro, no início da gestão, mas a iniciativa teve de ser suspensa em virtude da Covid-19 e voltará assim que a situação sanitária se normalizar.
O sindicato também organizou eventos para promover debates importantes, como durante a Semana da Mulher, em março, em que, ao lado de advogadas, discutiu a mulher que faz e a que é notícia. Naquele momento, abordou-se principalmente, como noticiar casos de violência doméstica e de violações dos direitos das mulheres, de forma a não revitimizar. Além disso, foram colocadas em pauta as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na profissão jornalística.
Com a sede do Sindjor-MS fechada em consequência do isolamento social, a entidade tem trabalhado remotamente atendendo às demandas de seus filiados. Durante todo esse período reagiu, por meio de notas de repúdio, aos ataques que a categoria tem recebido, posicionando-se sempre a favor da democracia, da liberdade de imprensa e do Estado Democrático de Direito, além de dar continuidade, de forma remota, às negociações de acordos coletivos.
Entre os projetos atuais, está o lançamento da campanha de filiação e recuperação de dívidas, a retomada do Censo Jornalistas, que teve baixa adesão anteriormente, e recomeçar a emissão das carteiras de identificação emitidas pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e pela Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), fundamentais para a identificação do profissional no exercício da profissão.
A meta atual é intensificar a sindicalização entre os jovens jornalistas, como também a pré-sindicalização de estudantes, grupos ainda distantes da entidade, além de ampliar o processo de interiorização para estreitar o diálogo com a categoria nos demais municípios que compõem a base da entidade. Para acompanhar as mudanças no mercado de trabalho na era digital, onde o conhecimento em mídias sociais e algoritmos na internet é requisito cada vez mais indispensável no currículo, o sindicato pretende organizar lives e cursos sobre temas importantes para os jornalistas, como os desafios da era digital e as novas formas do fazer jornalístico.
Fonte: Sindjor MS
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